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Simplificação da estrutura de capital

Qualquer empresa, mesmo jovem, pode rapidamente complicar sua estrutura de capital e controle. Empréstimos conversíveis em capital (principalmente os não documentados por contrato), promessas de participação a empregados e colaboradores, cessões de quotas ou ações sem a devida documentação, ações preferenciais com vantagens “muito vantajosas” e participações “ocultas” podem fazer da startup algo difícil de entender. Investidores, via de regra, não gostam de surpresas e, por isso, ao analisar as oportunidades de investimento, tenderão a escolher as mais simples e devidamente documentadas.

Nas empresas em que a forma de sociedade anônima tenha sido adotada (o que torna possível a emissão de ações de diversas classes), será mais atraente aos olhos dos investidores uma estrutura de capital com uma única classe de ações (a serem distribuídas aos fundadores e aos investidores anjos e estratégicos) e um plano de stock option voltado aos empregados. Múltiplas classes e dívida conversível sempre reduzem a atratividade do negócio.

Os investidores, notadamente os venture capitalists e os fundos de investimento, precisarão de margem de manobra e terão suas próprias exigências quando à forma de aportar recursos. É bastante comum que exijam ações preferenciais com direito a voto e conversíveis em ordinárias, ou, ainda, dívida conversível em ações. Se a estrutura de capital da empresa já é muito complicada, a negociação para acomodar os requisitos impostos pelos investidores será muito mais longa e desgastante.


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